segunda-feira, 3 de março de 2014

Declaração do Orto

Declaração Milenar a Todos Seres Sencientes

Partindo do princípio que tudo é efêmero, que todo ser humano é único e parte indissociável da Natureza.


A Tábua do Orto

1. Ame a si mesmo, todos e tudo intensamente. 
2. Semeie sorrisos. 
3. Viva todo momento prazerosamente. Divirta-se.
4. Desfrute do ócio e de atividades que gerem harmonia, pois o tempo e seu corpo são seus dois recursos naturais, exclusivamente seus.
5. Extraia o melhor de si mesmo, a todo instante.
6. Compartilhe o seu melhor. Ensine e Elogie.
7. Pense livremente e conclua por si mesmo. [Lembre-se que toda conclusão é fugaz.]
8. Encontre em seu coração as fronteiras harmônicas de interação entre suas ideias e a do outro. Se os seres irracionais usam a força, use seu cérebro e sua mente para solucionar as diferenças ideológicos e encontrar um ponto comum e harmônico, pois em um mundo com a Natureza tem força infinita e própria, dois seres humanos é melhor do que um, para vivermos melhor nesse planeta. Parta do princípio que o outro é seu ente mais querido nesse mundo.
9. Aprenda com o melhor do outro. Ninguém conhece tudo sobre todas as coisas.
10. Equilibre-se entorno desses axiomas, que tem igual relevância e somente o equilíbrio entre todos simultaneamente gera a verdadeira paz interna.

Notas:
a. Nesses axiomas, ou princípios, só foram propostos pensamentos afirmativos, e não negativos. Por isso há somente afirmação do tipo "Ame a si mesmo, todos e tudo intensamente" ao invés de diretrizes negativas, como "Não matarás ou não roubarás." 
b. E lembre-se: você está sempre acompanhado, seja por outros seres humanos, seres vivos ou pelos elementos da natureza o que cercam.

Epistemologias:orto1 (or.to) ou horto (hor.to). sm. 1. Poét. Nascimento, origem, princípio, nascente. [F.: Do gr. orthós, é, ón. Hom./Par.: horto (fl. de hortar), horto [ô] (sm.).]

Também tem-se outro compêndio, a seguir, para que você decida, conforme o sétimo axioma da Tábua do Orto, e pratique o que bem entender.



A Tábua do Torto

1. Odeie-se, a todos e a tudo que o cerca.
2. Machuque, destrua e mate.
3. Morra.
4. Reclame, pragueje, xingue, despreze, cuspa.
5. Menospreze-se. Inveje.
6. Acumule e guarde tudo para si. Ao final da vida faça a maior urna funerária possível para enterrar tudo consigo.
7. Aja de acordo com o te dissem ou como um animal selvagem.
8. Não há tolerância para ideias diferentes nem tempo suficiente para solucioná-las sem força e violência. 
9. Ninguém sabe mais do que você mesmo.
10.Aja descontroladamente, afinal o caos é melhor do que um ambiente harmônico.

No final a decisão é sempre sua. 


"Não delegue suas insanidades à um divindade, 
Assuma a responsabilidade pelos seus atos de maldade."


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Menos ódio e mais amor, por favor! - com a Richard Dawkins Foundation (US)


Fomos notícia, agora no prestigiado site da Richard Dawkins Foundation for Reason and Science (US), para começarmos bem o ano de 2014. 

A missão dessa reconhecida fundação internacional (RDF) é ajudar na educação científica, no estímulo ao pensamento crítico e na compreensão de nosso mundo com o grande objetivo de superar todo tipo de discriminação, intolerância e sofrimento humano de todo gênero.

Nossa missão é igualmente única, pensar um ser humano mais leve, mais livre de preconceitos, mais tolerante à diferentes opiniões pois cada ser humano é único, enfim, um pessoa melhor. 

É a prática que nos faz um ser humano melhor. É nossa capacidade de superação, de evolução, de reconhecimento de novos caminhos, é na esperança que sempre podemos ser melhores do que fomos ontem, é a fé na evolução.

A citação por uma instituição com alcance mundial é apenas um sinal que todos que fazem parte desse empreendimento, com a geração de conteúdo que nos fazem pensar e agir de novas maneiras, estão no caminho certo para desenvolvermos um mundo melhor para nós mesmos, assim como semearmos o campo para as próximas gerações.

Menos ódio e mais amor, por favor. 

Link para a Fundação Richard Dawkins: http://www.richarddawkins.net/






segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Desapego para explorarmos novos horizontes

Tic-tac, o tempo pode ser uma invenção humana, uma percepção sobre o movimento, mas é bem real, quando definimos um começo e um fim para as coisas a nossa volta.

A cada ciclo, seja um minuto, um dia, um ano ou uma década, muitos se permitem refletir sobre seus sonhos e muitos continuam a sonhar seus velhos sonhos. E essa maioria, que sonha e sonha, só sonha, e quando são questionados sobre o que estão fazendo nesse momento de suas vidas para concretizar seus sonhos, a resposta quase sempre é a mesma: nada. Então vem a próxima pergunta: "Por que não está fazendo nada?", e as respostas são as mais variadas possíveis, desde "Ainda não sei bem o que quero" ou "Ainda não sei por onde começar" até "Não posso parar de fazer o que estou fazendo hoje e começar algo novo sem uma segurança". Quem consegue se desapegar do emprego, da casa, da cidade, do conhecido até então?

Sem riscos não há ganhos, e se o propósito são nossos sonhos de vida mais íntimos, então os riscos também o são. Na verdade não há segurança para nada nessa vida, nosso coração pode parar em instantes, seja por uma doença ou acidente imprevistos, mudanças de chefes, mudanças forçadas, dores e sofrimentos de todos os tipos e intensidade, mas a pergunta fica: "O que estamos fazendo no hoje para mudar?". 

Até onde estamos dispostos da realizar uma mudança mais 'radical'? 

Uns querem ter relacionamentos íntimos e amorosos, mas são workaholics, e acreditam que algumas férias, quando se permitem tirar, são suficientes para construir e ter espaço e tempo para se relacionarem com calma e sem pressão de qualquer espécie, estão sempre focados no ter, sempre em acumular coisas ou o próprio ego, e não no ser. Outros querem paz e tranquilidade, mas reclamam e brigam por qualquer besteira com todos e por tudo a todo instante, e não se permitem paz e interior, independente do ambiente no qual estão inseridos, só querem guerrear. Tem os que são mega-egocêntricos e só fazer algo que tiverem algum benefício próprio, senão não ajudam nem a própria sombra de modo altruístico, e quem é mal com o outro, provavelmente será com você algum dia, não se decepcione. Há gente de toda espécie e natureza.

Mas qual o gatilho necessário para nos fazer mover? - O medo da morte ou a motivação do sonho? Então o que realmente importa? Quando iremos fazer algo concreto e mergulhar de cabeça em um modo de vida diferente para ter diferentes resultados? Mudaremos radicalmente? Como queremos passar por essa vida? Como queremos sermos lembrados? E o que iremos deixar de herança para quem ficar? 

Tic-tac, o relógio não para!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Transmute-se!

A natureza está em constante movimento. 

Alguns acreditam de somos imutáveis, que nascemos e morreremos com o mesmo jeito de ser, que o tempo não modifica nossos sentimentos e outros que o lugar onde estamos não afeta nossas emoções. 

Apesar do fato óbvio que o universo está sempre se transformando, nós, seres humanos, continuamos a achar que não fazemos parte desse meio no qual estamos inseridos.

Não, não estamos inseridos do universo, somos parte integrante dele e portanto de tudo que nos cerca. E melhor ainda, nada nos cerca, é uma percepção distorcida que temos, que tudo gira em torno de nós. Nós simplesmente estamos aqui e agora, integrado e interligado a tudo e todos. 

Transmutação humana: estamos em constante mudança, cada um de nós, a todo instante. Mas para qual direção?

Se desejamos um mundo melhor, para nós, nossos filhos, para outros seres humanos que irão conviver com nossos filhos, porque tratamos o outro e a nós mesmos com crueldade? Estamos ajudando a colocar um tijolo de cada vez para deixarmos um mundo melhor para a próxima geração? O atual sistema é fruto de nossas próprias maneiras de nos relacionarmos uns com os outros. Então, estamos nos ajudando a nos reconstruir, internamente? Estamos nos permitindo termos tempo para nós mesmos? Tempo para pensarmos em nós mesmos? Tempo para curtirmos nós mesmos? Estamos tendo ações altruístas com um desconhecido? Estamos nos doando espaço para refletirmos e reconstruirmos novas paredes mentais, novos limites internos, novas portas para novas entradas, novas janelas para novos olhares?

- Hoje criei-me mais um pouco. Espiritualizei-me, meditei e me transmutei em um novo elemento, melhor. Fiz a vida de alguém melhor, ações simples, mas contínuas, edificam-se, crescem e são contagiantes. 

Não entre na "síndrome da dieta", não fique com o pensamento do tipo "segunda eu começo", faço agora pois o tempo não para: Transmute-se, reflita e mude na direção que realmente importa.

Homis Philosophorum

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Lo-li-ta

Para que mais belas e inspiradas declarações de amor sejam declamadas:

"Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropeçar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta. Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita. "

- V.Nabokov

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Feliz 2.999!

Feliz 2.999, e que venha o ano 3.000!

Mais um milênio está para se encerrar. É mais um ciclo que se fecha dentro de si, é como a milenar e mitológica figura de oroboro comendo a própria cauda. E eis que surge um tempo para refletirmos em nossas realizações mais significativas assim como nas promessas futuras e nossos atuais desafios. 

O saldo desse milênio foi bom, com todos os prós e contras. Se o primeiro milênio do ano 0 d.C. era matar ou morrer, onde a humanidade estava em exploração por novas terras esbarrando com novos povos de outros continentes, no segundo milênio não foi muito diferente, o homem continuou a desbravar novos locais para expandir suas posses e novos contatos com diferentes culturas também foram feitos, porém com a diferença de um pequeno mas crucial avanço tecnológico que desdobraria em toda nossa atual tecnologia disponível hoje. 

Se até o ano 1.000 o homem ainda era considerado um ser rústico, no final do ano 2.000, apesar de um pequeno salto tecnológico, todo o planeta estava conectado entre os povos com o que chamávamos de internet. O homem ainda era brutal e mais letal.  Com mais informações, novas formas de destruir e construir. E agora que nos aproximamos do ano 3.000 parece que o progresso tecnológico é evidente e a interatividade está a nossa volta, onde muitos não ouviram falar dos rústicos meios de transporte como o avião ou navio, ou das retrôs televisões ou celulares como veículos de comunicação, que somente para os mais curiosos conhecem quando acessam os atuais holo-museus e não acreditam como vivíamos. 

Enquanto uma minoria atua para viabilizar modelos sociais para um bem-estar coletivo de forma harmônica, a  grande maioria comandada ainda por uma minoria opera para expandir suas posses, agora no campo mental de cada indivíduo, seja dessa planeta ou dos planetas e luas habitáveis e colonizadas pelo ser humano nos últimos séculos. 

No final do ano 2.000 o homem havia pisado na lua e começado um programa espacial que resultou - após 500 anos de investimento - em um boom de colônias nos planetas e luas do nosso ínfimo sistema solar. O sistema solar está conectado por uma complexa mas bem elaborada rede neural coletiva da nossa espécie: a SSS - Solar Soul Soup, uma alusão ao antigo sistema da virada do milênio passado WWW - Wide World Web. Nos orgulhamos desse feito hercúleo de conectividade entre a nossa espécie. E com esse avanço, novos desafios.

A tecnologia sempre impulsionou o homem a grandes realizações, principalmente no campo material, todavia as formas de controle agora mudaram de forma e conteúdo. Agora a interligação entre nós é clara. Já nascemos interligados com as nossas mentes conectadas mentalmente de forma consciente pela rede de todas as pessoas co-sanguíneas vivas, independente da distância de espaço entre elas, assim como com as pessoas transmutadas, como chamamos agora os mortos, que não são mais mortos na concepção da palavra. Descobrimos que nossa consciência é viva e se mantém em evolução, mesmo após nossos corpos entrarem em falência. Alguns ainda chamam de alma, nós apenas de consciência expandida pós-mortem, com nossos conteúdos mentais ainda conservados em biocubos portáteis. As famílias mantém em suas life-tecas seus entes queridos para pedirem conselhos e ideias. O que as religiões do passado se referiam a outros planos espirituais, na verdade são outras formas de energia que agora somos capazes de nos conectarmos e viver em contato constante, assim não morremos mais, somos transmutados e em permanente evolução. Também com a SoulNet, como é vulgarmente conhecida a SSS, somos capazes dentro de um raio físico de 100 quilômetros de distância de onde estamos, ficarmos conectados e conscientes do que se passa dentro da mente de todos os moradores ou visitantes que estejam dentro dessa distância de nós. Isso sem contar com nossa atual capacidade de interagir cognitivamente com as outras espécies, eles nos entendem e agora nós os entendemos através de uma interface de comunicação comum entre as espécies. É todo um novo meio de perceber nossa planeta azul e os demais. Para alguém  do ano 2.000 tudo isso atualmente parece algo inconcebível, acredito que deve ter sido uma sensação parecida para o homem das cavernas conceber um ônibus espacial à lua terrestre. 

A tecnologia sempre traz avanços e novas formas de viver. Houve avanços claro, atualmente nossa mente coletiva interligada em tempo real é algo surpreendentemente ainda recente e novo. Ainda buscamos entender como pensar coletivamente em tempo real. E apesar de toda a tecnologia disponível, ainda buscamos  meios para uma convivência social harmônica, onde a harmonia da espécie é maior do que interesse oligocêntrico de poucos. Buscamos uma forma de nos destruirmos menos, apesar do saldo entre transmutados e novas vidas seja sempre maior. Há esperança, uma minoria revolucionária sempre luta por novos modelos humanitários.

Curiosidade do milênio: um objetivo, talvez jurássico para os dias atuais, ainda está em nossos meios, resistindo bravamente: o livro. Talvez seja o sinal de que a sabedoria milenar de pensadores do milênio passado possa nos dar uma luz para o próximo milênio que se abre. E quando iremos aprender a viver de modo coletivo? Talvez precisemos de mais um milênio, no ano 4.000 respondo, já que estarei por aqui, registrando de outras formas talvez.

Paz harmonizada para todos os seres sencientes. Aum!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Escolha seu meio de locomoção!

O que nos move?

Essa pode ser uma das perguntas filosóficas mais antigas do mundo, mas sua pertinência sempre é atual. Se a resposta nunca é definitiva, as razões de como desejamos nos mover nessa vida, ou seja, de viver no aqui e agora, sempre são. 

A resposta é pessoal e intransferível, e para isso temos que pensar, ou não? 

Pensar exige esforço e empenho. Mas para nossa felicidade, todo mundo pensa, de uma maneira ou de outra. Uns de modo mais profundo, holístico, meditativo, filosófico ou simplesmente abstrativo, outros mais superficial, ou ainda, mais no campo emocional. Alguns racionalizam tudo e buscam colocar dentro de uma caixinha seus paradigmas e dogmas morais, outros mais passionais, vivem com os sentimentos a flor da pele e agem de acordo com o seu coração, mas somos um todo. 

Mas será que o modo de como decidimos pensar, influencia nosso estilo de vida, nossas percepções das pessoas a nossa volta? Será que a forma com que tomamos nossas decisões diárias, nos trazem mais ou menos satisfação nessa vida? 

"Todos tomamos decisões a todo instante. Escolhamos constantemente, de modo consciente ou romanticamente."

Será que é mais fácil entregar o peixe já pescado? Parece que todos querem receber a receita mágica do bolo perfeito ou simplesmente só degustar o peixe. Escolhas. Então não reclame, no mínimo pare de fazer tudo o que te faz infeliz e insatisfeito, e não espere não, pare agora! Ser feliz é uma questão de decisão própria, não depende de mais ninguém e é de graça, pois como ouvi esses dias de um velho matuto da roça: "Tristeza não paga dívidas, então pra que sofrer".

Pensar é pisar em áreas inexploradas da nossa mente, é sair do útero. É sair da zona normal de conforto e segurança. Refletir é sermos como os exploradores de outrora que desbravavam terras inóspitas, florestas densas, tundras áridas, desertos gigantescos ou terras gélidas dos pólos. 

Melvin Kaminsky dizia que o meio de transporte de nossos ancestrais há 10.000 anos era é medo. O ser humano se move pelo medo ou pelo prazer. Cada um escolhe seus próprios meios de locomoção por essa vida.

Mas no final é simples: ou vivemos de acordo com o que outros ditam ou de acordo com nossas próprias ideias de mundo e definições de vida! 

Afinal, qual é seu lema de vida? 

O que te move?